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Nem tudo são flores

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Há alguns anos atrás, eu me incomodava demais com o Dia Internacional da Mulher. Odiava, na verdade. Odiava porque ganhava rosas e parabéns a troco de nada. Achava a maior falta de respeito. Acreditava que esse dia não tinha que existir.

Daí um dia me explicaram por que existe esse dia. E eu achei incrível. Fiquei feliz e cheia de esperança. Mas ainda não gostava do dia, porque não via nada demais acontecer, apenas continuava recebendo flores e parabéns. Não sabia explicar bem o motivo, mas me sentia ofendida.

Hoje, este 8 de março, é um dos poucos em que não me sinto sozinha. Conheci o feminismo, conheci as Blogueiras Feministas, e voltei a ter esperança. Voltei a acreditar que a situação pode melhorar. Mas também descobri a violência contra a mulher – não tinha ideia da proporção, da gravidade, via alguns casos isolados e só. Descobri o tamanho do machismo, o quanto ele interfere na nossa vida – independente de gênero. Passei a enxergar com mais clareza a opressão, os preconceitos, o racismo, a homofobia e falta de respeito aos Direitos Humanos.

E ver tudo isso dói demais. Dá mal estar, embrulha o estômago, dá insônia, tristeza, revolta. Mas também dá vontade de fazer alguma coisa pra mudar. Vontade de fazer diferente.

Por isso, aproveite essa data pra repensar algumas ideias, atitudes, leia alguns bons textos, livros, histórias, olhe para o lado, olhe para você. Não dê rosas, nem parabéns. Veja se não está reproduzindo machismos por aí e prejudicando você mesmo com isso. Veja o mundo que está a sua volta, olhe com calma.

Não vou prolongar esse texto, pois já tem muitos bons por aí que valem ler e que já disseram o que eu gostaria. Recomendo alguns:

Metáfora Perfeita – Borboletas nos Olhos

Outros marços virão

Dia Internacional da Mulher: um pouco sobre história, muito sobre lutas

Hoje não é dia de flor

O que é um homem? O que é uma mulher?

8 de março, dia de você repensar o seu machismo

Toda rosa tem espinhos

Os machistas no Dia Internacional da Mulher

Também sugiro que conheça o projeto “Unbreakable”, para saber um pouco mais sobre violência contra a mulher – e não só.

E veja – e distribua – o panfleto feito pelas Blogueiras Feministas.

Natalia Mendes

 

 

 

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